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HTC One, o supersmartphone que os brasileiros não terão

Maurício Grego.
Smartphone HTC One em exibição no Mobile World Congress 2013


Se perguntarem a um brasileiro qual é o melhor smartphone do mundo, é provável que a resposta fique entre o iPhone 5, da Apple, e o recém-lançado Galaxy S4, da Samsung. Mas, nos Estados Unidos e na Europa, muitos especialistas dão o título de campeão ao HTC One, que não é vendido oficialmente no Brasil.

O HTC One, que roda o sistema Android, combina hardware poderoso, design refinado e uma bela tela full HD de 4,7 polegadas. Foi anunciado em fevereiro e começou a ser vendido em março em alguns países. Nos Estados Unidos, as vendas começaram em abril.

Um dos destaques do HTC One é a câmera. Ela produz fotos de 4 megapixels com qualidade que, segundo as análises, supera facilmente a de smartphones com sensor de 13 megapixels. Como há menos pixels no sensor da HTC, eles são maiores que os dos concorrentes.

Por isso, são capazes de captar 300% mais luz que os pixels de um sensor de 13 megapixels, segundo a empresa. Os testes práticos confirmam isso e comprovam, mais uma vez, que mais megapixels não resultam, necessariamente, em melhor qualidade de imagem. Veja o que diz Katherine Boehret, do site All Things D:

“Eu estava cética no início. Mas capturei fotos numa sala escura com as luzes desligadas e elas ficaram nítidas e claras – não borradas e lavadas por um flash. Fotografei uma pessoa numa capela fracamente iluminada. Nas fotos, parecia que a pessoa estava numa sala com iluminação abundante.”

Mas a câmera também evidencia um ponto fraco da HTC. A empresa de Taiwan produz smartphones arrojados, mas é ruim em marketing. É uma empresa de engenheiros; não de marqueteiros. Os 13 megapixels do Galaxy S4 podem não resultar em imagens melhores. Mas são bons para a publicidade.

A Samsung pode se gabar de ter mais megapixels que os concorrentes (a câmera do iPhone 5 é de 8 megapixels). Como muitos consumidores ainda acreditam no mito de que mais megapixels equivalem a melhores fotos, isso conta pontos para o Galaxy S4 na preferência do público. 

Construído em metal, o HTC One passa a sensação de um design mais refinado que o do Galaxy S4, que é feito de plástico. Além disso, a interface Sense, da HTC, é descrita como menos poluída que a TouchWiz, da Samsung. 

O smartphone dos taiwaneses também tem suas falhas, é claro. Seu desenho elegante é, em parte, resultado de uma construção hermética, similar à do iPhone. Assim, como o iPhone, ele não permite que o usuário troque a bateria ou amplie a capacidade de armazenamento por meio de um cartão de memória. 

Um teste feito pelo site Cnet também aponta alguns bugs na interface. Mesmo assim, a avaliação do site é extremamente positiva. O editor Brian Bennett diz que é um smartphone “quase ideal” e o recomenda com entusiasmo. 

Os produtos da marca taiwanesa, porém, não são vendidos oficialmente no Brasil. A HTC chegou a atuar no país durante alguns anos. Mas encerrou totalmente sua operação no país no ano passado.

O HTC One pode ser encontrado no site de comércio eletrônico MercadoLivre por cerca de 2.700 reais (convém não confundi-lo com o HTC One X ou com o HTC Nexus One, que são modelos mais antigos).

Também é possível comprar o smartphone no exterior e trazê-lo na bagagem. Mas existe o risco de o aparelho ser bloqueado pelas operadoras brasileiras. Há uma resolução da Anatel que cria uma espécie de reserva de mercado para os fabricantes formalmente estabelecidos no Brasil.

O plano prevê que, ainda neste ano, as operadoras vão começar a bloquear chamadas de celulares não homologados pela Anatel. A medida é polêmica, já que pode prejudicar o consumidor e os viajantes estrangeiros que vêm ao Brasil.

Além disso, alguns celulares "xing-ling" são capazes de enganar o sistema telefônico identificando-se como um aparelho homologado. Mas não parece ser o caso do HTC One. Assim, é melhor pensar duas vezes antes de comprar esse smartphone. Fonte: Exame.
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