Steve Jobs era superior em design, reconhece Bill Gates
Gabriela Ruic.

“Gostaria de ter o seu senso de design”. Foi esta a resposta sincera que Bill Gates deu a pergunta “O que Steve Jobs tinha que você gostaria de ter?”, feita por Charlie Rose, apresentador do icônico programa de televisão americano “60 Minutes”. A declaração faz parte de uma emocionante entrevista na qual o fundador da Microsoft reconheceu em quais áreas foi superado por seu amigo e rival Steve Jobs.
“Ele achava que tudo deveria seguir certa estética e, mesmo com o pouco conhecimento sobre engenharia, mostrou que o design pode te levar a uma boa direção. E assim produtos fenomenais foram desenvolvidos”, constatou Gates. “E ele tinha um senso intuitivo para marketing que era algo incrível”.
Gates também reservou boas doses de honestidade para analisar o desempenho das empresas fundadas por cada um deles. Ao lembrar que a sua Microsoft trabalhou em dezenas de tablets antes que a Apple desenvolvesse um modelo para chamar de seu, o milionário observou que o sucesso do iPad aconteceu graças a maneira com a qual Jobs e equipe “juntaram as peças do dispositivo”.
Mas a disputa entre os gênios e a concorrência entre as duas gigantes foram apenas dois dos pontos abordados por Rose ao longo da entrevista. Ao falar sobre o momento em que Jobs adoeceu, a entrevista revelou um Gates comovido com os dias que passou na casa do amigo.
E, de acordo com ele, o último encontro teve tom de balanço. Falaram sobre a vida, sobre o que aprenderam ao longo de todos os anos à frente de suas companhias e sobre suas famílias. Assim que termina a reflexão, Gates olha pra cima e seus olhos enchem de lágrimas.
Gates, o filantropo
A entrevista faz parte de um programa de cerca de 13 minutos, no qual Rose investiga a vida do executivo pós-Microsoft. Depois de deixar a posição de CEO da empresa em 2000, Gates dedica, desde 2006, seu tempo e fortuna à fundação Bill and Melinda Gates Foundation. O objetivo da entidade é apenas um: tornar o mundo em que vivemos um lugar melhor para aqueles em necessidade.
“Você quer dedicar os próximos 20 anos à erradicação de doenças?”, perguntou Rose. “Sim, quero usar a maioria do meu tempo a isso”, disse Gates com o sorriso de quem entende a complexidade da tarefa, mas não tem medo de arregaçar as mangas.
“Vamos começar com a pólio e espero tê-la erradicado até 2018”, pontuou o executivo. A partir daí, o jornalista lista algumas doenças graves e Gates responde quanto tempo levará até que consiga exterminá-las do planeta. Para erradicar a tuberculose, por exemplo, avalia que precisará de “cerca de 7 ou 8 anos”.
Inventor
De acordo com a reportagem, o ex-executivo controla sua fundação com a mesma seriedade com a qual chefiou uma das maiores empresas de tecnologia do planeta. Além de manter a contabilidade da entidade com mãos de ferro, Gates não tem medo de buscar talentos para solucionar desafios tecnológicos e científicos.
Um exemplo é a maneira como resolveu o problema da falta de energia elétrica em vilarejos na África, um obstáculo no combate à malária. Sem energia, era impossível manter refrigeradores a temperaturas adequadas o suficiente para manter a integridade das vacinas contra a doença.
Gates aproveitou então a sua influência como investidor da Intellectual Ventures, uma das maiores empresas detentoras de patentes do planeta. A equipe coordenada por ele desenvolveu uma espécie de caixa térmica que funciona com apenas um saco de gelo e é capaz de manter as vacinas refrigeradas por até 50 dias.
“Quanto a tiramos do caminhão, as pessoas diziam ‘Isto é incrível, vocês não podem ter feito isto’. Agora precisamos levar esta térmica até todas as crianças do mundo”, disse Gates, orgulhoso da invenção que, a primeira vista parece simples, mas que ajudará a salvar milhões de vidas. Fonte: EXAME.

“Gostaria de ter o seu senso de design”. Foi esta a resposta sincera que Bill Gates deu a pergunta “O que Steve Jobs tinha que você gostaria de ter?”, feita por Charlie Rose, apresentador do icônico programa de televisão americano “60 Minutes”. A declaração faz parte de uma emocionante entrevista na qual o fundador da Microsoft reconheceu em quais áreas foi superado por seu amigo e rival Steve Jobs.
“Ele achava que tudo deveria seguir certa estética e, mesmo com o pouco conhecimento sobre engenharia, mostrou que o design pode te levar a uma boa direção. E assim produtos fenomenais foram desenvolvidos”, constatou Gates. “E ele tinha um senso intuitivo para marketing que era algo incrível”.
Gates também reservou boas doses de honestidade para analisar o desempenho das empresas fundadas por cada um deles. Ao lembrar que a sua Microsoft trabalhou em dezenas de tablets antes que a Apple desenvolvesse um modelo para chamar de seu, o milionário observou que o sucesso do iPad aconteceu graças a maneira com a qual Jobs e equipe “juntaram as peças do dispositivo”.
Mas a disputa entre os gênios e a concorrência entre as duas gigantes foram apenas dois dos pontos abordados por Rose ao longo da entrevista. Ao falar sobre o momento em que Jobs adoeceu, a entrevista revelou um Gates comovido com os dias que passou na casa do amigo.
E, de acordo com ele, o último encontro teve tom de balanço. Falaram sobre a vida, sobre o que aprenderam ao longo de todos os anos à frente de suas companhias e sobre suas famílias. Assim que termina a reflexão, Gates olha pra cima e seus olhos enchem de lágrimas.
Gates, o filantropo
A entrevista faz parte de um programa de cerca de 13 minutos, no qual Rose investiga a vida do executivo pós-Microsoft. Depois de deixar a posição de CEO da empresa em 2000, Gates dedica, desde 2006, seu tempo e fortuna à fundação Bill and Melinda Gates Foundation. O objetivo da entidade é apenas um: tornar o mundo em que vivemos um lugar melhor para aqueles em necessidade.
“Você quer dedicar os próximos 20 anos à erradicação de doenças?”, perguntou Rose. “Sim, quero usar a maioria do meu tempo a isso”, disse Gates com o sorriso de quem entende a complexidade da tarefa, mas não tem medo de arregaçar as mangas.
“Vamos começar com a pólio e espero tê-la erradicado até 2018”, pontuou o executivo. A partir daí, o jornalista lista algumas doenças graves e Gates responde quanto tempo levará até que consiga exterminá-las do planeta. Para erradicar a tuberculose, por exemplo, avalia que precisará de “cerca de 7 ou 8 anos”.
Inventor
De acordo com a reportagem, o ex-executivo controla sua fundação com a mesma seriedade com a qual chefiou uma das maiores empresas de tecnologia do planeta. Além de manter a contabilidade da entidade com mãos de ferro, Gates não tem medo de buscar talentos para solucionar desafios tecnológicos e científicos.
Um exemplo é a maneira como resolveu o problema da falta de energia elétrica em vilarejos na África, um obstáculo no combate à malária. Sem energia, era impossível manter refrigeradores a temperaturas adequadas o suficiente para manter a integridade das vacinas contra a doença.
Gates aproveitou então a sua influência como investidor da Intellectual Ventures, uma das maiores empresas detentoras de patentes do planeta. A equipe coordenada por ele desenvolveu uma espécie de caixa térmica que funciona com apenas um saco de gelo e é capaz de manter as vacinas refrigeradas por até 50 dias.
“Quanto a tiramos do caminhão, as pessoas diziam ‘Isto é incrível, vocês não podem ter feito isto’. Agora precisamos levar esta térmica até todas as crianças do mundo”, disse Gates, orgulhoso da invenção que, a primeira vista parece simples, mas que ajudará a salvar milhões de vidas. Fonte: EXAME.










